segunda-feira, dezembro 31, 2012

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"Eu que era tão acostumada a ter o controle da situação, hoje tenho que andar com muletas. Não saber o que vai acontecer, é torturador, ter medo novamente de algo vir e quase me tirar tudo de novo. Essa agonia, de perder tudo e ao mesmo tempo não perder. Esse soco na boca do estomago de ter que sofrer só comigo mesma.
Quem diria que eu abaixaria a cabeça logo agora, que eu voltasse a me sentir como aquela garota de 13 anos, completamente indefesa e com medo do que o amanhã pode me trazer.

Não pense que é orgulho, que eu não quero ser ajudada, ter alguém do seu lado cuidando de você, caminhando contigo, pronto para se caso seu passo falhar te segurar, é de um tamanho amor sem igual. Alguém que esteja sempre contigo, até você sentir que está pronto novamente, é uma benção. O problema é que se me mostro tão frágil assim, as pessoas que eu mais amo são contaminadas com isso, sem culpa nenhuma, já não basta a dor, e o desespero que sinto, não quero transmitir essas coisas as pessoas que eu amo.

Voltando a lembrar de quando eu tinha 13 anos, morria de medo do tamanho do mundo, era pequena demais para entender que as coisas melhorariam, que o medo uma hora passaria, e me transformaria. É uma pena não poder me encontrar no passado apenas para me abraçar - era isso que eu mais precisava.

Talvez seja assim que me sinto hoje, completamente indefesa, abismada com o tamanho do mundo, sem experiência nenhuma em por expectativa nas pessoas, sem compreender que se um amigo teu te machuca não quer dizer que ele não te ame e nunca vai ser resolvido isso. Me sinto com 13 anos, querendo dormir pelo resto da tarde, brigando com o mundo e guardando os meus sonhos para uma boa oportunidade."

Estava perdido em mais um bloco de notas...

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