sábado, outubro 13, 2012

Before the Storm

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Saudade. Palavra que arranha qualquer ouvido, que doí qualquer coração, que é a mais difícil de ser falada.
Saudade de alguém, de algum lugar, alguma mania, algum tempo.
Eu confesso que sou fraca demais para saudade. Choro demais por saudade, me apego demais em lembranças e lugares. Pessoas que partiram, palavras que eu ouvi, sempre permaneceram em mim.
Não pensem que sou assim por ter um presente ruim, pelo contrario, tudo que tenho vivido tem sido grande, único, e incrível. Mas, o Passado, mesmo com tanta chuva e dor, foi bom também.

Me lembro vagamente de um grupo de garotas dormindo na fila do show da sua banda favorita, lembro de danças com grandes ensaios, de salas cheias de cumplicidade e risadas, me lembro também de intervalos longos em que eu saia da sala, me lembro de rencontros, lembro de abraços fortes, ombros fortes, e pessoas fortes.

É bom saber que outras pessoas que tomaram um rumo totalmente diferente também estão bem, e ainda mais nessa fase de último ano do ensino médio onde a gente tem certeza que nossa vida vai mudar completamente.

Sabe do que eu sinto muita falta? De sentar lá em cima, naquele cantinho em cima do refeitório, dava para ver a escola inteira de lá, sempre com fone no ouvido, com meus amigos do lado, só esperando o tempo passar. Sinto falta de não fazer nada com os meus amigos.

Com tempo a gente aprende a não culpar ninguém por nossas quedas, reconhece que tudo que choramos não foi culpa de ninguém, e que passamos por certos problemas necessários. Aprende a sentir saudade de coisas que não voltam, só não pode morrer por isso.

O melhor jeito de matar saudade de algo que não volta, é dando seu melhor em coisas novas.


Mayara Costa

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