quinta-feira, março 08, 2012

Nada sou...


O céu adivinha o meu humor, lê o que o meu coração palpita em minha mente.
A natureza tem uma sintonia perfeita com a minha alma, e as minhas necessidades desaparecem ao sentir a brisa do mar.
Fecho os olhos devagar, piso com força, cantarolo uma música qualquer que fale sobre amor. Sei que sou covarde em fugir, em ir para longe, em não ficar, é que o meu coração detecta área de sofrimento, devo permanecer distancia pelo bem da minha saúde.
Amar é complicado, eu sei. A questão é, você vai continuar me amando se eu me ausentar um pouco de você? E um pouco de mim? Preciso me perder as vezes de mim mesma, só para ter certeza que essa sou eu.

Nunca fui de abrir mão de tudo quando não estou feliz, só para poder conquistar tudo de novo com novas coisas. Nunca agi inconsequentemente, sempre penso a maior parte do tempo em tudo que irá se refletir nas pessoas que me cercam. Não quero causar estrago no campo de ninguém. Já basta as minhas plantações perdidas.

Sou bem pé no chão, isso me atrapalha tanto.
E ai, quando eu quero voar, mil coisas me prendem no chão, meu pé está mais que firme na terra marrom.
Esse não é mais um lamento por a vida sempre me fazer ficar em casa na sexta-feira a noite, quem se prende as pessoas sou eu, ninguém se prende em mim.

Quero ser uma mulher complicada só aparentemente, quero ser a Sra. Simplicidade, a calmaria das águas, o toque do vento.
Quando vou poder me tornar quem me controlo para não ser?
Quando vou poder fazer tudo que deixei de fazer?
Logo... Quem sabe eu comece amanhã, ou venha na segunda-feira junto com mais um ano em minhas costas.

Torço que seja logo. Quero me tornar alguém, já que nada sou.

Mayara Costa

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