sexta-feira, fevereiro 17, 2012

O Mar


Um mar imenso me cercando, tudo o que eu tinha era o nada, ao som das ondas se rompendo e se formando novamente. Eu podia ser que nem o mar.
Seguir todos os dias sempre formando uma onda enorme, todos querendo admirar tamanha imensidão e beleza. Adoraria ver as pessoas mergulhando sem medo em mim, e as que fossem com medo eu conquistaria, só para ver elas mergulhando como se tivesse feito aquilo milhões de vezes.
 E mesmo quando agitada, ter pessoas me cercando, todos encantados.

Queria ser que nem o mar, ser aquela água que passa por todos os lugares, lava todas as pessoas, ser tão profundo, tão azul, tão forte.

Ter peixes, tubarões, golfinhos, baleias, eu acolheria todos. Seria o lar de quem não tivesse para onde voltar.

Queria mesmo, ser o prazer das pessoas, arrancar sorrisos sem falar nada, ser a diversão de tanta gente.

O melhor, é sempre formar onda. Queria eu, formar uma onda independente do meu humor.

Esse meu jeito, de querer fazer bem para todo mundo, acaba sendo egoismo meu. Afinal, por que carambolas tenho que ser e fazer o bem até para gente que não gosta de mim?

Ta ai, o porque eu queria ser o mar. Você não precisa agradece-lo, só precisa voltar novamente, é só sentir saudade que ele te acolhe. Não tem essa de receber nada em troca, até porque ele não quer nada de você, e já que ele é o mar ninguém fica desconfiando que ele é bonzinho demais.

Já de mim, não posso ser gentil com quem já me fez mal, que já se perguntam se quero algo em troca.
Não, eu não quero nada em troca de gentileza. Eu sou que nem o mar.




Mayara Costa

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