sexta-feira, setembro 02, 2011

1. Conheci alguém que...



Um dia, conheci alguém que me rejeitou completamente, e eu era apenas uma criança. Sobrinha deste alguém.
Claro que essa história não começou assim, eu era aceita, frequentava a casa do meu tio, brincava com as minhas primas, elas iam para a minha casa, ficavamos manhãs, tardes e noites brincando. Tudo bem normal, até aqui.
Mas, a esposa desse meu tio, inventou uma mentira sobre o meu pai. Minha mãe acreditou na sua inocência (se tem algo que admiro no casamento deles, é essa confiança mutua). Isso foi o fim para o meu tio, ele achou que minha mãe estava contra ele. Coitado. Tem uma mulher totalmente repugnante dormindo ao seu lado neste exato momento.

Ainda me lembro, quando em um dia comum voltei a casa dele, como sempre querendo brincar, e ninguém abriu a porta. Todos sabiam que eles estavam em casa, não abriram porque não me queriam brincando com suas filhas.

Eu era uma criança, caramba. Que culpa eu tinha? Somente queria brincar com minhas primas, o que tem de errado nisso? Mas, mesmo assim, ele não abriu a porta.
Comecei a chorar, minha mãe me abraçou e me levou para casa. Basta!

Antes, eu era criança e não conseguia entender coisas assim. Hoje, já me sinto madura o bastante. Chega a ser desprezível, como gente da sua própria família pode muito bem virar a cara para você, e isso me faz pensar: no fim das contas, quem realmente estará ao nosso lado?

Quer realmente saber? Tem coragem? Sim, isso requer muita coragem. Quando as mascaras caem, fazem um barulho que nunca foi ouvido antes, deixa estrago, faz estrago. Tem mesmo coragem, de sofrer e perder muitas pessoas? Ou você realmente acha que todo mundo que sorri para você realmente vai estar ao seu lado na hora em que realmente precisar?

Primeiras pessoas que foram embora da minha vida, só deixaram histórias.
Mayara Costa

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